Chegastes. E antes que pudesse
resolver em qual cômodo habitaria já partia. Era esse algo incomum que não
sabia dizer o nome. Seus olhos são olhos de partida. Como quem antes de comprar
a passagem de ida antecipa a volta. O destino, seu moço, era a despedida.
Inventávamos poemas como cartas.
Escrevíamos em verso sobre o desejo que não ousávamos confidenciar. Achávamos
bonito. Convidávamos poetas ou vestíamos a fantasia destes. Melhor,
convidávamos nossas fantasias a serem livres nas letras dos poetas. Era uma
graça, seu moço.
Seu moço, repare. Hoje seu nome é
personagem. Não enrugue a tez. Não se engasture. Não, não carece. É assim para
quem lida com a escrita. Escrever é como rosário. Estou rezando por nós.
Karinne Santiago.